Saturday, April 16, 2011

Cemetério dos Ingleses

British Cemetery by Sabrina Gledhill
British Cemetery, a photo by Sabrina Gledhill on Flickr.

Foto tirada às 14:30h no dia 15.04.11, com a Igreja de Santo Antônio da Barra no fundo

Saturday, September 18, 2010

Novas fotos do CIB - de Pedro Muniz

Tiradas em 17 de setembro de 2010 no Cemitério dos Ingleses da Bahia

Fotógrafo: Pedro Muniz

Friday, July 10, 2009

Artigo sobre o CIB no portal da Revista de História

Novos baianos
Grupo se empenha para restaurar o Cemitério dos Ingleses da Bahia e, pelos túmulos, resgata a história dos britânicos que fizeram do Brasil sua nova casa.
por Bernardo Camara

À bordo da nau que margeava o litoral brasileiro, o comerciante Edward Pellew Wilson deslumbrou-se com o que viu. Não pensou duas vezes: decidiu tentar a vida aqui, onde fundou a empresa de navegação Wilson Sons. Médico, John Ligertwood Paterson também se deixou levar pelos ventos tropicais. Inaugurou uma clínica em solo tupiniquim e, entre um paciente e outro da elite, abria as portas para o povo. Carregando no bolso teorias modernas contra epidemias como a febre amarela e a cólera, foi um dos fundadores da Escola Baiana Tropical de Medicina.

Ambos eram ingleses. Aportaram na Bahia ao longo do século XIX. E seus passados se cruzam até hoje... num cemitério. Há quatro anos fuçando lápides e túmulos no Cemitério dos Ingleses da Bahia, a historiadora – inglesa – Sabrina Gledhill se deparou com estas e outras histórias. Casos de conterrâneos que chegaram de mala e cuia a partir da abertura dos portos, em 1808.

A época era propícia. Com poucas chances de ascensão social em território britânico, comerciantes, empresários e toda sorte de viajantes passaram a cogitar viver do lado de cá do Atlântico. A leva de migrantes incluía de caixeiros a engenheiros, todos atrás de novas oportunidades. Mas se a antiga capital brasileira tinha muito a oferecer a esses estrangeiros em vida, na hora da morte eles passavam aperto.

“Na época, não havia cemitérios a céu aberto por aqui, pois os enterros ocorriam dentro das igrejas”, conta Sabrina. “E como o preconceito era mútuo, os católicos não deixariam os protestantes serem enterrados nessas igrejas, nem eles próprios iriam querer isso. Onde, então, eles seriam sepultados?”. A resposta veio em 1811, quando o tal cemitério foi erguido cara a cara com a Baía de Todos os Santos.

O primeiro a descansar em paz chegou dois anos depois. Nascido em Liverpool, aproveitou a onda migratória e pegou o navio para essas bandas, onde viveu às custas do tráfico de escravos. Mas não demorou para que ele dividisse o espaço com naturalistas, diplomáticos e até mulheres e crianças, nem sempre britânicos.

“Era comum os ingleses chegarem ao Brasil trazendo a família. Como também era normal formarem famílias aqui. A lista de sepultamentos inclui cônjuges e filhos brasileiros de ingleses, judeus de várias nacionalidades, norte americanos e outros estrangeiros”, enumera a historiadora. “Era uma questão mais religiosa que nacional”.

O resgate desse contexto começou por acaso. Há mais de 20 anos morando em Salvador, Sabrina começou a se incomodar com o abandono e degradação do cemitério. Iniciou uma campanha por sua restauração física e acabou vertendo para o lado histórico daqueles sepulcros. “Comecei a me fascinar pela história das pessoas enterradas ali”.

Enquanto o local era reparado, com o patrocínio da fundação baiana Clemente Mariani e apoio da Sociedade São Jorge, a inglesa se uniu a outros especialistas. Juntos, cataram bibliografias sobre o assunto e correram atrás de cópias de testamentos. Encontraram bastante coisa, e parte delas já está na internet. Mas sabem que ainda tem muita história debaixo da terra.

“Tem uma área onde houve um sepultamento em massa de marinheiros, mas ainda não a descobrimos. Muita coisa sumiu”, diz ela, ao avisar que a segunda etapa do projeto será mais voltada para os túmulos. Para isso, o arqueólogo Carlos Etchevarne, da UFBA, e o restaurador José Dirson Argolo integraram o time. “Vamos fazer um levantamento mais completo, incluindo restauro, arqueologia e mapeamento histórico”.

Tudo depois vai parar num livro. Sabrina está animada e não se importa um pingo com fato de sua pesquisa se passar num local que para muitos é inusitado. Se ela prefere se enfurnar numa biblioteca? “Nós, ingleses, não vemos os cemitérios como um lugar macabro, mas de paz e memória. Fazemos até piquenique”.


http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=2469

Tuesday, July 07, 2009

Revista Muito destaca Cemitério dos Ingleses

A revista Muito do jornal A Tarde publicada no dia 05 de julho de 2009 inclui uma matéria sobre o Cemitério dos Ingleses, que pode ser aproveitado por baianos e visitantes como um "museu a céu aberto".

Clique aqui para fazer o download do artigo em PDF.

Wednesday, July 01, 2009

Imigração britânica na Revista de História

A edição de junho de 2009 da Revista de História da Biblioteca Nacional traz um artigo na página 60 titulado "Vou-me embora da ilha", da autoria de Sabrina Gledhill, sobre os imigrantes britânicos que vieram tentar a sorte no Brasil. No mesmo mês, o website da revista - www.revistadehistoria.com.br - publicará uma matéria sobre o Cemitério dos Ingleses.

Tuesday, February 24, 2009

Slideshow - Lançamento do Ano Darwin

Darwin Launch/Lançamento

Bicentenário de Charles Darwin ganha programação na Bahia

12.02.2009 - Para marcar o bicentenário do nascimento do cientista britânico Charles Darwin, pai da teoria da evolução das espécies pela seleção natural, foi lançado na manhã desta quinta-feira (12), no Cemitério dos Ingleses, o projeto “Darwin na Bahia”. Na programação, estão previstos simpósios, exposições interativas e ações de popularização da ciência, na capital e no interior do Estado, durante todo o ano.

Na oportunidade, mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, bioma estudado pelo cientista em sua passagem pela Bahia, foram plantadas e o site oficial da programação www.darwinnabahia.ba.gov.br foi lançado.

O Estado vai interagir com um programa internacional de eventos relacionados ao cientista, o Darwin 200. Na Bahia, essas ações serão coordenadas pelas secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e do Meio Ambiente (Sema), além da participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Consulado Britânico e do Grupo Ambientalista Gérmen.

“A experiência da Mata Atlântica, que Darwin conheceu melhor ao visitar o que, hoje, é o Subúrbio Ferroviário, foi fundamental na mudança de seu ponto de vista, o que deu uma guinada definitiva do criacionismo para o evolucionismo”, afirmou o professor Charbel El-Hani, do Instituto de Biologia da UFBA.

Em 28 de fevereiro, data em que o navio Beagle aportou em Salvador, o Grupo Gérmen promoverá um cortejo carnavalesco, para recordar a participação de Darwin na folia momesca. Da programação comemorativa consta ainda a instalação de um monumento sobre a passagem do cientista pela Bahia, no passeio do antigo prédio do jornal A Tarde, erguido sobre as ruínas do que fora o Hotel Universo, onde Darwin se hospedou, segundo pesquisas do professor El-Hani e sua equipe.

“Salvador foi o ponto de encontro do cientista com a Floresta Atlântica, então temos que aproveitar esse histórico para sensibilizar a sociedade para a questão ambiental”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Juliano Matos. Ele lembrou ainda que as atividades em comemoração à passagem de Darwin por Salvador terá um intenso trabalho transversal das instâncias do Governo. “O Darwin é um modelo de produção científica, e os seus estudos sobre o meio ambiente são fundamentais para o trabalho de educação ambiental, por exemplo, então temos a oportunidade de um verdadeiro trabalho transversal, entre a Sema e a Secti”, disse Matos.

Segundo a diretora da Fapesb, Dora Leal, no programa anual de popularização da ciência, promovido pela instituição, serão inseridos eventos relacionados ao “Ano Darwin”. “Em outubro acontece a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, e teremos dentro dela muitas atividades relacionadas ao Ano Darwin”, afirmou Leal.

Eventos confirmados

No dia 25 de março, o tema será ‘Aplicações tecnológicas do pensamento evolutivo: computação bio-inspirada’, com professores da Faculdade Mackenzie, São Paulo, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Nos dia 3 e 4 de junho, acontece o simpósio ‘Integrando o conhecimento atual sobre evolução’, com palestrantes da UFSC, UnB, Uerj, USP, e UFBA.

Para outubro, está programado o encontro ‘Darwin na Bahia’. Os eixos temáticos serão: História do pensamento evolutivo; A recepção do Darwinismo no Brasil; O pensamento evolutivo hoje.

Darwin no carnaval de Salvador

Que relação pode haver entre a Teoria da Seleção Natural sobre a Origem das Espécies, do cientista britânico Charles Darwin, com o Carnaval de Salvador, já que a folia momesca está mais associada à evolução coreográfica das escolas de samba e tecnológica do trio elétrico? Aparentemente nenhuma. Mas há um laço incidental entre a ciência e a festa: em 1832, há exatos 177 anos, Darwin, então um jovem cientista mais ligado à geologia do que às espécies animais e vegetais, participou do carnaval baiano, ao lado dos amigos Bartholomew James Sullivan e Clements Wickham, ambos tenentes da Marinha Real.

Os três turistas incidentais aportaram na cidade a bordo do Beagle, que permaneceu no Porto de Salvador até 18 de março, tempo suficiente para um passeio carnavalesco, registrado no diário de Charles Darwin, da seguinte forma: “Hoje é o primeiro dia de Carnaval, mas Wickham, Sullivan e eu não nos intimidamos e estávamos determinados a encarar seus perigos. Estes perigos consistem principalmente em sermos, impiedosamente, fuzilados com bolas de cera cheias de água e molhados com esguichos de lata. Achamos muito difícil manter a nossa dignidade, enquanto caminhávamos pelas ruas”.

Como qualquer navegante, Charles Darwin ficou impressionado com a beleza da Baía de Todos-os-Santos, ao avistá-la, pela primeira vez. Vejam o que o cientista escreveu em seu diário, no dia 1º de março de 1832: "A vista da cidade é magnífica. Ninguém seria capaz de imaginar nada tão belo quanto a antiga Cidade da Bahia.

Ela fica docemente aconchegada num bosque exuberante de lindas árvores e, situando-se sobre uma colina íngreme, descortina as águas calmas da grande Baía de Todos-os-Santos. As casas são brancas e altivas. Os conventos, os pórticos e os prédios públicos quebram a uniformidade das casas; a baía é repleta de grandes navios. Em suma, e o que mais se pode dizer? Ela é uma das paisagens mais lindas dos Brasis".

De família que combateu a escravidão, como seu avô Eramus Darwin, o jovem Charles encontrou em Salvador uma cidade “suja, colonial e com 52% da população de negros, entre libertos e escravos”, segundo o historiador Ubiratan Castro, e o atual Subúrbio Ferroviário foi descrito, pelo naturalista, como “uma floresta luxuriante”.

Fonte: Agecom

Friday, December 05, 2008

O significado da sigla "IHS"

Encontradas em algumas lápides no Cemitério dos Ingleses e outros campos santos, a sigla "IHS" se refere às primeiras três letras do nome de Jesus, quando escrito no alfabeto grego - iota, eta e sigma - que foram transcritas incorretamente no alfabeto latim/inglês como "IHS". Esta sigla tornou-se muito popular na Idade Média e surgiram várias explicações sobre seu significado, a mais comum sendo "Iesus Hominum Salvator" ("Jesus, Salvador da Humanidade", em latim). Fonte: Igreja Anglicana do Canadá